Silara Fonseca, residente e domiciliada na Aldeia Passarinho é a irmã mais velha de três irmãos. Mãe do Fhelipe Fonseca Gabriel, Filha da Damiana (foi empregada doméstica, hoje do lar), neta da dona Cerilia, anciã de 111 anos (foi parteira, agricultora familiar e mãe de 12 filhos). Possui graduação em Ciências Biológicas pela UFMS (2018), pós graduação em Gestão Escolar pela USP (2021), Mestra em Ensino de Ciências pela UFMS (2021). Sua pesquisa visou compreender o olhar de professores de ciências da escola indígena sobre a alimentação dos povos tradicionais para a valorização de uma alimentação saudável e culturalmente rica, a defesa ocorreu em dezembro de 2021. Atualmente é coordenadora de área e professora contratada pela Secretaria Estadual de Educação na escola Carmelita Canale Rebuá, lecionando a disciplina de Biologia. Anos anteriores, buscou desenvolver projetos que visam à preservação da cultura, bem como a preservação do meio ambiente e da saúde.
Considera um curso de mestrado um ato de extrema relevância para o currículo profissional de um professor e nessa perspectiva ressalta que o motivo que despertou o seu interesse em cursar o mestrado em Ensino de Ciências pautando-se na evidência de que a formação contínua do professor é cada vez mais urgente na sociedade contemporânea, visto que as mudanças no cenário educacional são constantes, os paradigmas das ciências passam por reformulações, exigindo que o professor acompanhe tais mudanças.
A capacidade de articular a teoria e prática, que domine os conhecimentos da sua área de atuação, mas que também busque ampliar saberes comuns a outras ciências, que desenvolva pesquisas como forma de aprofundar e comprovar construções teóricas e recriar o conhecimento científico, sendo dessa forma um promotor da aprendizagem, qualificado, com embasamento teórico e prático, exercendo suas funções pedagógicas com competência.
Tendo em vista que, o professor de ciências enfrenta uma série de desafios para superar limitações metodológicas e conceituais de formação em seu cotidiano escolar, nas escolas indígenas não são diferentes, acredita que enfrentam dificuldades ainda piores. Algumas das dificuldades encontradas na escola onde lecionou pode também ser a dificuldade de outras escolas indígenas da região, citando alguns deles: superlotação nas salas de aula, desvalorização do profissional, defasada estrutura física, metodológica e didática, falta de acesso à internet, sem contar no idioma (terena) que em algumas aldeias é a primeira língua.
Professora indígena Tânia Pascoal Metelo Jacobina da Aldeia Terena Passarinho, na TI Pilad Rebuá, em Miranda/MS, comunidade indígena onde cresceu e estudou o ensino fundamental. A carreira docente iniciou-se com o ingresso no magistério nível médio no ano de 1996. A docência sempre esteve como aspirações profissionais. Elegeu como objetivo de vida ser professora na comunidade onde nasceu e cresceu, especialmente para atuar junto às crianças indígenas dos Anos Iniciais, no processo de alfabetização. Formação acadêmica se deu;
2021 /2023 Mestrado Profissional em Educação.
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, UEMS, Dourados, Brasil
Orientadora: Dra Leia Teixeira Lacerda
2015 – 2017 Especialização em Antropologia e História dos Povos Indígenas.
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, UFMS, Campo Grande, Brasil
Título: A prática pedagógica dos professores indígenas da Escola Municipal Pilad Rebuá, na Aldeia Passarinho – MS
Orientador: Celma Francelino Fialho
2012 – 2013 Especialização em Gestão Escolar e Coordenação Pedagógica Supervisão e Orientação Educacional.
Centro Universitário Leonardo da Vinci Gerencia Acadêmica, UNIASSELVI, Brasil.
Título: Dificuldades de Aprendizagem na Leitura na Escrita da Escola Municipal Indígena Pólo Pilad Rebuá
Orientadora: Perpétua Aparecida Albuquerque Dutra
2015 – 2019 Graduação em Licenciatura Intercultural Povos do Pantanal.
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, UFMS, Campo Grande, Brasil
Título: Crescimento Populacional Indígena da Aldeia Passarinho
Orientador: Paulo Baltazar
Bolsista do(a): Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
2001 – 2004 Graduação em Normal Superior Indígena 7761.
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, UEMS, Dourados, Brasil
Título: COMO TRABALHAR SAUDE NAS SERIES INICIAS
Orientadora: Professora Dra LEIA TEXEIRA LACERDA
Dissertação apresentada com o tema Registros das Práticas Pedagógicas e Rodas de Leitura Com Estudantes dos Anos Iniciais na Escola Municipal Indígena Pílad Rebuá, Miranda Mato Grosso do Sul. Destacando a importância da prática de contação de histórias orais por meio dos relatos dos idosos Terena para as crianças e os estudantes narram as suas histórias de vida. Essas histórias também são transmitidas às novas gerações em casa e na comunidade.
A partir desse encontro em gerações, entre crianças e idosos surgiu o meu interesse em desenvolver a presente pesquisa, buscando abordar o desenvolvimento das Práticas Tradicionais de Contação de Histórias e Roda de Leitura na Alfabetização de Estudantes, nos Anos Iniciais da Escola Municipal Indígena Pílad Rebuá localizada na TI Pílad Rebua Aldeia Passarinho/Moreira, em Miranda, no Estado de Mato Grosso do Sul. Nessa perspectiva, continua desejando colaborar com as discussões sobre suas prerrogativas constitucionais, fundamentada nas legislações nacionais da educação, decretos, resoluções e a própria Constituição Federal Brasileira de 1988.
Assim, disposta a cooperar com a construção de uma educação de qualidade para as novas gerações de crianças Terena, sem perder de vista o sujeito que desejamos formar. A intenção é fazer as escolas indígenas de nosso município de Miranda se torne referencia para as famílias, para que o espaço escolar seja um lugar de grande aprendizado, de valorização e respeito da cultura Terena.
